segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Em nosso passeio no Colchágua, não poderíamos deixar de visitar uma vinícola. E a escolhida foi a Santa Cruz, por ser kids friendly. Foi uma escolha acertada, pois o local é muito bonito e o passeio bem interessante.



A Santa Cruz é uma vinícola nova, com menos de 10 anos de funcionamento e está focada no mercado de produção de vinhos mais sofisticados.


O tour completo conta a história da vinícola e relata o processo de produção do vinho, desde a plantação das uvas até a elaboração do produto final.


Depois somos levados em um teleférico para a parte alta do terreno, onde tem exposição temática sobre os produtos da vinha. São três linhas de vinho, que homenageiam povos originários Chile: aimáras, mapuches e rapa-nui.


Os pequeninos, claro, curtiram muito o passeio de teleférico. Mas não foram apenas eles, pois nós adoramos o visual da vinha.


Do alto, é possível ver todo o grande terreno e apreciar a vista. Muito bacana e muito bonito!


Na parte dedicada aos aimáras, não poderia faltar uma reprodução da Porta do Sol, cuja original está em Tiwanaku. Nossa pequena, que tirou foto na original (mesmo proibida) não quis perder a chance de fotografar aqui também.


Até uma simpática alpaca deu por lá o ar da graça. Mansinha, ela se deixava acariciar e nem cuspiu em ninguém...


Programão bacana para toda a família! Lindo visual.


A vinha fica bem no centro do vale, onde o clima é muito agradável. As vinhas ocupam apenas parte do terreno da vinha, que ainda conserva partes da vegetação original.


A casa-sede da vinícola é linda. Tem o mesmo estilo senhorial de todas as casonas da região e é decorada com muito bom gosto.


Como se pode constatar no mapa, a Santa Cruz conta até com um pequeno observatório, que não pudemos visitar, mas temos razões para crer que seja bem bacana.


Pudemos conhecer, também, os tanques de fermentação, onde o vinho começa a ser produzido.


E, claro, ao final fomos até à cave, onde pudemos degustar 3 dos vinhos produzidos na Santa Cruz. Um saboroso final para um ótimo programa.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


 Na pequena cidade de Santa Cruz está localizado o Museu Colchágua. Trata-se de coleção privada, que conta a história da humanidade e do Chile. Já havíamos lido sobre o museu, mas não esperávamos que fosse tão bacana. É sensacional e dos melhores museus que já vimos.


 Na bela casa e em seu amplo terreno estão expostas as peças que fazem deste museu atração imperdível para os visitantes do Vale do Colchágua. Na primeira parte estão os primórdios da vida na terra, com exibição de fósseis dos mais diversos tipos.


 São insetos, pequenos mamíferos, répteis, animais marinhos e todo tipo de fósseis que se possa imaginar. Tinha até um cocô de dinossauro fossilizado, como podem ver na foto abaixo.


 Ademais, são expostos esqueletos e reconstruções, mostrando como eram os antigos mamíferos que habitaram a região no passado.


 O museu tem uma enorme coleção de arte pré-colombiana, dos mais diversos povos ameríndios. São obras incríveis, que relatam a história e a cultura dessas civilizações.


 São peças maravilhosas trabalhadas em cerâmica, madeira ou metal, lindamente preservadas e organizadas, de maneira a oferecer ao visitante um belo panorama das ricas culturas originárias.


 Em seguida, passa-se à parte dedicada ao Chile. São textos, moedas, instrumentos e utensílios que contam a história do país com riqueza de detalhes. Entre as preciosidades do acervo está a cópia da declaração que criou o primeiro cabildo independente da região que viria a formar o Chile. Também estão presentes artefatos da Guerra do Pacífico, além de reproduções em miniatura das grandes batalhas.


 Outra parte fascinante é a da tecnologia. Neste setor estão expostas máquinas antigas, mostrando a evolução da técnica humana nos diversos ramos do conhecimento. Na foto abaixo vemos uma coleção de antigas prensas, mas também havia gramofones, máquinas de escrever, cinematógrafos câmeras fotográficas, entre outros.


 A parte dedicada à presença da Igreja na América tem peças lindíssimas, como o altar abaixo reproduzido. Ademais, o acervo possui vestes eclesiásticas antigas, jóias e até um crucifixo feito com cristal e pedaços da verdadeira cruz.


 Há uma grande seção dedicada aos transportes. Estão em exibição várias carruagens, tróleis, charretes e outros meios de transporte com tração animal. Um dos mais impressionantes era uma grande carruagem fúnebre, impactante pelas enormes dimensões.


 Na parte externa estão expostos várias locomotivas. São diversos tipos e modelos, algumas bem impressionantes.


 Eles possuem, ainda, sala dedicada à guerra. Entre as peças em exibição estão várias da Segunda Guerra Mundial. Abaixo podemos ver armas, condecorações e insígnias da USSR.


 Por fim, há uma sala dedicada a contar a passagem do HMS Beagle pelo Chile e das descobertas feitas por Darwin quando de sua visita. Um grande barato!


 O museu mostra que o Colchágua tem mais a oferecer que apenas boa comida e boa bebida. Tem também cultura. E da melhor qualidade. Passando pela região, o museu Colchágua é parada obrigatória, pois é sensacional. Imperdível!



Hoje falarei um pouco sobre a Viña Viu Manent e o delicioso restaurente que conhecemos por lá: O Rayuela.


Este restaurante foi recomendado por absolutamente todos os guias que encontramos sobre o Vale do Colchagua. E a fama é muito justa. Lindo e delicioso. Nós optamos por ficar na parte de fora, embaixo de árvores e com uma vista de tirar o fôlego.


                          Vegetais grelhados acompanhando um filé espetacular. Nossa pedida.


E sem arrependimentos. O Chile é famoso por seus pescados e mariscos, eu sei, mas a carne que comemos no Rayuela não deixou nada a dever aos nossos hermanos argentinos. Estava incrível!


Minha Letícia está nesta fase de querer muitas e muitas fotos dela mesma!


Mãe, vale batata frita na dieta? Não, não vale, mas uma pode né, também sou filha de Deus!


O Vale do Colchagua é famoso pelos seus vinhos tintos, então nada mais justo do que um brinde com a preciosidade da região.


O Ro foi de ostras e arrependeu-se muito de ter pedido apenas meia porção.


E podem ficar tranquilos, caros leitores, minha pequena ainda não descobriu as maravilhas do vinho. Apenas quis tirar uma foto segurando a taça!


De entrada eu fui de ceviche. E que me desculpem os peruanos, mas esta versão de leite de tigre menos ácida, com leite de coco, estava dos deuses! Pode não ser o ceviche original, mas foi o melhor ceviche que já provei na vida! (até o momento)


A parte externa é muito agradável e o restaurante estava lotado. Muitos brasileiros, muitos franceses, muitos americanos e alguns pouco chilenos.


Recomendo não só pela excelente comida, mas também pelo ambiente que é incrível. É desses restaurantes que vale uma visita sem pressa, para passar a tarde bebendo vinho, curtindo as delícias da cozinha envidraçada e a vista maravilhosa.


Cheers! Um viva para a boa mesa e para a boa bebida.!

sábado, 16 de fevereiro de 2013


E para provar que nem só de bons vinhos vive o Vale do Colchagua, posto as fotos de um restaurante italiano delícia que conhecemos por lá:  Vino Bello..


Até bem pouco tempo atrás as opções da região se restringiam a um suspeitíssimo Social Club de Santa Cruz e o restaurante do hotel que leva o mesmo nome. Dei uma olhada em ambos e não gostei nem um pouco do que vi. Sorte que estamos vivendo uma crescente boom gastronômico por lá. Afinal, de nada adianta beber excelentes vinhos se a comida deixa a desejar...


O restaurante é pilotado por uma chef chilena que especializou-se em gastronomia na Itália. E efetivamente só veio coisa boa. De entrada fomos de bruschetta de jamon crudo. Deliciosa.


O local é um charme só, e soubemos que anteriormente funcionava uma padaria por lá, que foi destruída no grande terremoto de 2010. Daí nasceu a idéia de criar um restaurante, no espaço que antes era destinado apenas a fabricação de pães.


Tem um pequeno parquinho para as crianças, mas na verdade nem precisava. É tudo tão aconchegante, tão espaçoso e tão lindo (com a vista de uma vinícola linda de brinde) que as crianças recorreram bem pouco a ele.


Eu fui no delicioso e recomendado raviole de beterraba, com camote, cream cheese e nozes. Adorei!


Mas a melhor pedida do dia foi o nhoque ao molho de queijos e sálvia e costela do Ro. Estava delicioso.


                                                      Recomendadíssimo!